Hoje faz cinco anos que a sua voz se calou para sempre. Dia 23 de julho de 2011, Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, encerrando abruptamente uma carreira brilhante e deixando milhões de fãs desconsolados mundo afora.
Ninguém se conformou, é claro, mas aquela situação não era totalmente inesperada. A difícil relação de Amy com o álcool e as drogas era conhecida do público, ainda mais porque, nos últimos anos, vinha prejudicando o seu desempenho nos palcos – ela desafinava, esquecia as letras, perdia o ritmo. E todos já sabiam o quão difícil era convencê-la a se tratar. Os versos do seu sucesso Rehab deixavam isso bem claro: “Tentaram me levar para a reabilitação/eu disse não, não, não”.
As Arcadas e Villa-Lobos – antes tarde do que nunca
Sua atitude estava de acordo com a onda de irreverência da Semana de Arte Moderna, mas a plateia não o perdoou. Ele resolveu se apresentar de sandálias em pleno Theatro Municipal, em São Paulo, e foi espinafrado sem dó.
Heitor Villa-Lobos, que se orgulhava de ser o compositor mais vaiado do mundo, não teve motivos para se queixar naquela noite. Entre os manifestantes, os mais entusiasmados – e sonoros – eram os alunos da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco. As vaias, parte da tradicional “estudantada” da faculdade, foram tão fortes que ele não conseguiu executar a sua peça musical. O pano baixou e ficou tudo por isso mesmo.
Dramas reais na tela do cinema
(contém spoiler)
O cinema é cheio de dramas. E não estamos falando apenas de ficção. Muitos filmes registram paixões, gafes, conflitos, rivalidades, sentimentos reprimidos e até acidentes que não estavam no roteiro, dando corpo a histórias que, sem eles, não seriam tão atraentes. Assim, seus enredos acabam extrapolando a tela, criando uma curiosidade a mais entre os espectadores.
Um exemplo é o filme Último Tango em Paris, que marcou a carreira da atriz francesa Maria Schneider, especialmente por causa de sua cena mais famosa, a da manteiga. Lançado em 1972, o filme rompia paradigmas e foi considerado escandaloso – no Brasil, ficou censurado até 1979. Maria Schneider, então com apenas vinte anos, contracenou com Marlon Brando, trinta anos mais velho do que ela.
O Pete Best dos Paralamas
Desde que começou a ser tocada no rádio, há mais de trinta anos, a canção Vital e sua moto, primeiro hit dos Paralamas do Sucesso, ficou na memória do público. A maioria dos que a ouviram é capaz de cantarolar pelo menos o refrão.
Pouca gente, contudo, ouviu falar no personagem que inspirou a música, o baterista Vital Dias, que fez parte da primeira formação do trio. Ele conheceu Herbert Vianna e Bi Ribeiro, os outros dois integrantes, em 1978, em um cursinho pré-vestibular no centro do Rio. Vital era o único que, além de estudar, também trabalhava – para comprar uma moto.
Por sugestão do guitarrista Herbert, Bi ficou com o baixo e Vital assumiu a bateria. O trio ensaiava na casa da avó de Bi, em Copacabana, mas nem chegou a gravar uma fita demo. Parecia que a ideia não passava de uma brincadeira entre amigos. Eles tocaram juntos o ano todo até que, em 1979, entraram na faculdade. Cada um foi para um lado.