“É preciso um controle externo do Judiciário; é preciso saber como funciona a caixa preta desse poder que se considera intocável”, disse o então presidente Lula, com voz inflamada, em uma solenidade no Espírito Santo, em 2003.
Estava em tramitação no Congresso a chamada Reforma do Judiciário, que, entre outras mudanças, previa a instituição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo do Poder Judiciário. A declaração de Lula mexeu com os brios dos magistrados, que já estavam descontentes e se movimentando contra a implementação do Conselho.
Ele acrescentou: “Este país precisa voltar a recuperar o sentido da Justiça para todos e a autoestima. As instituições foram feitas para servir às pessoas, não se servir das pessoas”.