No capitalismo, os operários trabalham para o dono da fábrica; no socialismo, a fábrica pertence a toda a sociedade, que trabalha para si mesma. No primeiro sistema, a propriedade privada, incluindo terras, minas, fábricas, bancos e empresas em geral, pertence à burguesia; no segundo, a propriedade coletiva é socializada e o povo, trabalhador, é dono de tudo. O objetivo do capitalismo é o lucro da burguesia, enquanto o do socialismo é o bem-estar da sociedade. No capitalismo, as decisões são tomadas pela burguesia a partir da situação do mercado. Já no socialismo as decisões são tomadas democraticamente pela sociedade, que planifica a economia.
O esquema do parágrafo anterior não foi tirado da cartilha do MST, nem de um artigo do sítio Opera Mundi: faz parte da coleção Nova História Crítica, concebida para alunos da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. Entre outras pérolas, afirma que os guerrilheiros colombianos das FARC sonham com uma “nova sociedade”, mas os Estados Unidos os acusam de “terrorismo” e apoiam o governo. O autor da coleção, Mario Furley Schmidt, já vendeu mais de 10 milhões de exemplares de suas obras.